quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cinderella - Análise Crítica




Apesar de já ser adulta (bem, em tese deveria ser né.....), jamais vou deixar de parecer uma criança assistindo aos clássicos da Disney, que tanto marcaram a minha infância. E SIM, claro que fiquei super empolgada ao saber do mais novo filme de Cinderela. E SIM, assisti no cinema e gostei muito de ter momentos nostálgicos da minha infância. E SIM, amei a escolha de Richard Madden (simplesmente o ator mais gato de Game of Thrones) para interpretar o príncipe. E SIM, detestei o cabelinho cafona que ele usou no filme.........mas tá, chega de mimimi e vamos para a análise:

1. Escolha dos personagens

Não tenho nada a reclamar da escolha dos atores, inclusive no que diz respeito à Cinderela, interpretada por Lily James. Algumas pessoas não concordaram, dizendo que ela é “feinha e sem graça para o papel”, que “até a madrasta é mais bonita” e um monte de outros argumentos fúteis sem qualquer valor. Não entendo o sentido de se esperar que apenas mulheres absurdamente lindas fiquem com os papéis principais. Afinal, o que realmente importa é que o ator tenha condições de interpretar o personagem que pretende ser, não é?! E, ao meu ver, a atriz demonstrou muito bem ser capaz da importante tarefa a ela atribuída: foi uma Cinderela absolutamente encantadora, meiga, fofa.........enfim, todas as qualidades que se esperava dessa princesa tão querida!
Como já disse no começo, gostei muito da escolha de Richard Madden para o papel do príncipe Kit e, antes que alguém me chame de hipócrita, quero deixar claro que gostei da escolha não por se tratar de um cara que acho lindo (até porque, convenhamos né meninas, a beleza dele foi bastante desperdiçada no filme..........aquele cabelinho escovado para trás não foi nada feliz), mas por ser um ator que conseguiu incorporar bem o papel de ser um príncipe charmoso, gentil, humilde.........
O resto do elenco também teve um bom desempenho: a Cate Blanchett estava incrível como madrasta, extremamente elegante e perigosa (ui!) e a relação dela com as filhas era muito hilária (apesar da caricaturização excessiva e o humor um tanto que forçado em algumas cenas); a atuação dos pais da Cinderela também foi satisfatória e achei bem cativante o amor e união da família, apesar de ser uma felicidade um tanto que "surreal", o que dá para relevar, já que tudo no filme é pouco (às vezes muito rsrs) exagerado.


2. Vantagens com relação à história original

No que diz respeito à adaptação em si, gostei muito também. Foi bastante fiel à história original e gostei muito de terem modificado alguns pontos: 
- os ratos não falavam e apareceram bem menos do que no original (para a minha alegria, já que era um saco ouvir as conversinhas deles e assistir às suas longas e tediosas aventuras com o gato Lúcifer); 
- o príncipe teve uma participação bem mais significativa no filme, além de ter que enfrentar questões mais complexas, como a insistência do pai para que se casasse por interesse (no desenho ele quase não aparece e fala apenas algumas poucas palavras, além de poder se casar com quem quiser); 
- o filme mostra um pouco da infância de Cinderela, antes de perder os pais (no original, há uma narradora que faz um breve resumo do que aconteceu na vida da protagonista, mas a história mesmo começa com ela já adulta, órfã de pais, morando no sótão e sendo explorada pela madrasta e suas filhas); 
- no filme, a madrasta quebra o sapatinho de cristal que tinha ficado com a Cinderela e, depois, ela experimenta o do príncipe (no desenho, é o contrário: o do príncipe quebra e ela mostra que tem outro igual e experimenta.........meio idiota, né?! Ainda bem que mudaram isso rsrsrs).


3. Desvantagens com relação à história original

Apesar de ter gostado da adaptação, nem tudo são flores. Algumas coisas me incomodaram um pouco: 

- o cabelinho cafona do príncipe fez com que ele aparentasse ser um boyzinho riquinho metido à besta, ao invés de um homem maduro prestes a ser rei e em busca do verdadeiro amor; 
- o modo como a Cinderela chegou no baile, chamando a atenção de todos e já indo conversar com o príncipe tirou todo o encanto da coisa (no original, ela chega discretamente na festa, o príncipe a vê de longe e larga tudo para falar com ela, o que foi bem mais romântico......não estou dizendo que deveria ter sido exatamente assim, mas seria bem mais emocionante se tivesse um pouco de teasing: ele vê a misteriosa garota no vestido azul, mas não sabe quem é; trocam olhares; ele desconfia que pode ser quem está pensando, mas não tem certeza se é ela..........);
- a cena dos dois brincando de balanço no jardim, pouco antes de ela ir embora do baile, foi bem idiota (no desenho, eles conversam por muito tempo e, justo na hora que de se beijarem, o relógio bate meia-noite e ela sai correndo.........bem mais sexy e instigante, não é?!); 
- a apatia da Cinderela quando os guardas do reino chegam na sua casa (para que experimentassem o sapato) foi de matar, deu vontade de esganá-la por sequer ter tentado gritar para que os visitantes soubessem de sua existência (no desenho, ela quer experimentar o sapatinho desde antes a chegada dos guardas, mas a madrasta a tranca no sótão e, desesperada, ela começa a gritar, mas ninguém a escuta..........felizmente, seus amiguinhos ratos conseguem pegar a chave escondido e levar à tempo para Cinderela, que destranca a porta e vai correndo experimentar o sapato que mudaria sua vida para sempre!).


4. O que esperar do filme

Se trata de um filme feito para o público infantil (então, nada de beijos longos e quentes rsrs) e tem todo aquele ambiente ao estilo “mundo mágico da Disney”, com personagens um tanto que caricaturizados (alguns mais e outros menos), o que não agrada muito o público mais adulto. Então, você que se encaixa nessa situação, tenha ciência disso e assista com o intuito de se divertir e ter momentos nostálgicos da sua infância (que foi o que eu fiz). Aí sim vai compensar!
Então é isso gente, espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar, me seguir no blog e nas redes sociais para mais posts como este! Ah, quem aqui já assistiu “Para Sempre Cinderela”, com a Drew Barrymore? Filmaço hein, vale a pena conferir! A melhor versão estilo real life de Cinderela que já assisti! Bem que podia ter mais filmes assim........

Então até logo, Disney lovers!

Bjs, Tati.

domingo, 5 de abril de 2015

HIMYM - Especial de 1 ano desde o final




Para quem não se lembra, completou um ano desde que saiu o tão esperado episódio final de How I Met Your Mother (que foi ao ar no dia 31/03/2014) e, o que era para ser algo extremamente previsível, acabou sendo um verdadeiro soco na nossa cara. Como diria meus professores de português do ensino médio, foi  uma verdadeira quebra de expectativa.......nesse caso, de entrar para a história! Absolutamente inesquecível e com certeza merece um post de comemoração pela data nostálgica, em que vou fazer uma análise bem divertida dessa série de TV que conquistou (e também arrasou) o coração de muita gente. Já adianto que contém vários spoilers, então, se for o caso de você ainda não ter começado ou terminado de assistir ao seriado e não quiser sabe o final (nossa, será que realmente existe alguém que não sabe?!), não leia o resto do texto.
How I Met Your Mother foi construído na expectativa de saber quem é a misteriosa mãe dos filhos do protagonista Ted Mosby, que simplesmente levou nove temporadas para concluir a história de como conheceu a esposa. Foram oito temporadas de total expectativa, imaginando quem seria a tal garota tão especial, que provavelmente seria revelada apenas no último episódio. Para a surpresa de todos, não foi assim. No final da oitava temporada, já podemos ver quem é a mãe, aliás, tudo indicava que era ela, mas ainda não tinha sido confirmado. Para a maioria de nós, inclusive eu, se tratava de uma mera “pegadinha” dos produtores para nos fazer acreditar que aquela era a mãe e, depois, nos deixar frustrados por não ser. Ai, como somos inocentes......
Tamanha foi a minha surpresa (e imagino que a de muita gente) quando, logo no início da nona temporada, Ted confirmou que a garota (cujo nome é Tracy McConnell, para quem não se lembra) era de fato a mãe dos meninos. Aí pronto, não entendi mais nada. Se a única surpresa da história já tinha sido revelada, então o que restava para o final? Foi então que cheguei à conclusão de que os produtores agiram bem, afinal, se a mulher fosse revelada apenas no último episódio, que graça teria? Mal mostraria o Ted se apaixonando por ela, a vida dos dois juntos......então, pensei comigo, fizeram bem em nos deixar na expectativa por quase todo o seriado e reservar a temporada final para que “aproveitássemos” o casal. Ai, como sou esperta (só que não hahá).
Conforme fui assistindo aos episódios da última temporada, minha decepção só ia aumentando, não entendia o porquê de tanta enrolação (a maioria dos episódios foram extremamente chatos, convenhamos) se tinha tanta coisa mais interessante para mostrar. Estava louca para saber mais detalhes sobre a história de amor do Ted e da Tracy, da vida deles juntos, do nascimento dos filhos......mas tínhamos que nos contentar com alguns breves flashes do futuro, totalmente fora de ordem cronológica. Não entendia o sentido daquilo. Foi então que comecei a criar outra teoria: os produtores querem nos deixar com expectativa para a festa de casamento, que é quando o Ted vai encontrá-la pela primeira vez, vão trocar olhares apaixonados, ele vai perguntar sobre a garota para seus amigos (afinal, todos já a conheciam) e ficar louco para conversar com ela, mas, por algum motivo, só vai ter essa chance depois da festa...........
Foi então que finalmente saiu o último episódio! Mal podia calcular o tamanho da minha ansiedade e emoção quando comecei a assistir às primeiras cenas da festa: aparece o Ted sentado conversando com os amigos e aí, de repente, ele olha para o lado (é agora, é agora!) e a vê pela primeira vez (é agora, é agoraaaaaaaa); mostra ela tocando guitarra e com o olhar perdido (aiiiiiiiii encara ele logo, caramba!); volta para o Ted fazendo uma cara de, sei lá, admiração (aiiiiiiiiiiiiiiii que tenso!) e............e...........vinheta de abertura........calma, já vai voltar para a festa.........e de fato voltou, mas apenas para mostrar Ted se despedindo dos amigos e PRONTO, depois já passou para a cena dele sentado esperando o trem chegar...... what a f***???? Tá, desisto. Pelo visto esses produtores são uns idiotas mesmo. Dane-se! Só vou assistir a essa droga sem pensar em mais nada! Humpf!
E realmente não pensei em mais nada. Nem conseguia. A cada minuto o episódio ia ficando cada vez mais estranho: a Robin e o Barney se separam e ele volta a ser um mulherengo imaturo, o que foi um retrocesso bem desapontante, mas ainda bem que encontrou um novo rumo na vida depois do nascimento da sua filha (a cena mais fofa de todas e que emocionou a chorona aqui); a Robin se distancia dos amigos e insinua coisas suspeitas como “não quero ver o homem com quem eu deveria ter ficado junto da linda mulher de seus filhos”; Ted e Tracy levam anos para se casarem de fato (me diz qual é a graça de comemorar o “fim da busca pelo verdadeiro amor” se você já está com a pessoa há 7 anos????); depois da cena do seu casamento e antes de contar como conheceu a esposa, Ted faz um discurso muito estranho, onde fala coisas do tipo “eu sabia que deveria amar essa mulher o máximo que conseguisse e pelo tempo que conseguisse (como assim?!)..........e carreguei essa lição comigo quando ela ficou doente (doente como? Um leve resfriado, uma pneumonia ou..........câncer????Aiiiiii socorroooooooo)”.
Tudo muito, muito, MUITO esquisito.......será que ela.....? Não, claro que não! Ora, onde já se viu pensar em uma coisa dessas?! Calma, daqui a pouco vou ver que não é nada disso que estou pensando...........mas era de fato ISSO MESMO.........
UAU!
Sem mentira nenhuma, tive que rever a cena umas quatro ou cinco vezes para conseguir acreditar! Conforme o choque ia passando, tudo começou a fazer sentindo: a Tracy quase não apareceu na história e não se preocuparam muito em mostrar mais detalhes da vida dela com o Ted porque esse nunca foi o foco do seriado. Os produtores apenas quiseram nos fazer acreditar que era. E fizeram isso muito bem. Foi uma verdadeira jogada de mestre: primeiro nos fizeram criar expectativa sobre quem seria a mãe, o suposto verdadeiro amor da vida de Ted; depois nos fizeram ficar na expectativa de saber se a mulher mostrada no final da penúltima temporada era de fato a mãe; depois da confirmação de que era ela mesmo, ficamos na expectativa de ver, em detalhes, a história de amor do casal; depois de nos conformarmos que só teríamos breves flashes da vida deles juntos, a única expectativa que criamos é a de simplesmente esperar para saber como de fato se conheceram, o que era um tanto que desapontante. Depois de tantas temporadas criando expectativa pelo final, acaba que agora não tem muito mais o que esperar dele......
E foi exatamente esse o ponto crucial da jogada: fizeram todos nós acreditarmos que não tinha mais nada de extraordinário para acontecer, afinal, pelos breves flashes do futuro, já sabíamos que todos viveriam super felizes juntos: Ted e Tracy, Lily e Marshall, Robin e Barney (graças à cena, inicialmente mostrada fora de contexto, dos dois farreando na Argentina após três anos de casados). Também teve aquela coisa toda do Ted “libertando” a Robin (lembra da cena da praia, na manhã do dia do casamento?!), o que nos fez ter ainda mais convicção de que ele teria enterrado esse amor para sempre. Ou seja, foi tudo meticulosamente planejado para que esperássemos um final ultra clichê e sem surpresas.......
Tá, não vou mentir, gostei muito desse planejamento todo, apesar de achar que eles exageraram na dose ao nos fazer engolir aquele tanto de episódio chato da última temporada. Tudo bem ter um pouco de enrolação, afinal, faz parte da jogada: nós ficamos entediados, aguardando um final que já nem tem muito o que revelar, só assistindo por assistir........e aí, quando não poderíamos estar mais desprevenidos, BAM! Explode a bomba. Enfim, faz parte, mas daí fazer uma temporada de 24 episódios, quase que inteira de enrolação, já é querer torturar o telespectador. Por que não fazer uma temporada mais curta, de 15 ou 12 episódios? Daria para enrolar de uma maneira bem menos desgastante.
Outra coisa que também me incomodou um pouco foi a forma desesperada e repentina pela qual Ted demonstrou ainda ser muito apaixonado pela Robin: depois que a história foi chegando na reta final (a partir da oitava temporada, se não me engano), o protagonista começou a expressar um amor louco pela canadense, como se do nada ele tivesse voltado a ser o mesmo carinha super apaixonado do começo do seriado. Não foi uma construção muito boa. Tá certo que já tiveram sim alguns episódios mais antigos em que ele demonstrou ainda amá-la, mas foram momentos bem isolados e, em grande parte, não me convenceu.
Claro que não estou dizendo que o personagem deveria ter passado o seriado todo fazendo declarações de amor. Pelo contrário, os produtores deveriam ter tentado mostrar, de uma maneira SUTIL, que ele nunca deixou de amá-la. Infelizmente, consigo me lembrar de apenas uma única vez em que isso ocorreu: foi quando a Robin descobriu ser infértil, o que a deixou arrasada (apesar de nunca ter sido fã de crianças) e, percebendo que estava triste, Ted tenta animá-la fazendo uma decoração linda e super bem elaborada de Natal. Foi uma das cenas mais lindas do seriado: Robin chega em casa, se depara com a surpresa e, em seguida, Ted a reconforta (mesmo não sabendo qual era o motivo de sua tristeza) e os dois se abraçam.
Mesmo não tendo beijo ou declarações de amor, foi uma cena que conseguiu demonstrar, de uma maneira fantástica, o tanto que ele ainda se importava com ela e, mais que isso, conseguiu me fazer lamentar o fato de que os dois não ficariam juntos (como quase todo mundo, nem desconfiava do final). Infelizmente, não tiveram mais cenas assim. Quero dizer, pode até ser que tiveram outras, mas não tão marcantes quanto essa (pelo menos para mim). Se os produtores tivessem usado mais dessa tática, o amor do Ted pela Robin teria sido muito mais convincente, o que renderia um final ainda melhor. Um final que seria marcante não apenas por ser surpreendente, mas também por ser bastante compreensível.
Então é isso gente, espero que tenham gostado de recordar um pouco desse final que, apesar de já ter ido ao ar há mais de ano, nunca deixará de ser polêmico! Sei que muita gente deve discordar do meu ponto de vista, então, fique à vontade para me criticar – desde que respeitosamente, é claro – e dar o seu próprio ponto de vista sobre a questão. Afinal, o mais divertido é a discussão, não é mesmo?!

Até logo então, HIMYM lovers!

Bjs, Tati.

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