sábado, 13 de dezembro de 2014

Jogos Vorazes: A Esperança Parte 1 - Análise Crítica (SEM SPOILERS)


Imagem da autoria de Tati Figueiredo

Não vou mentir. Até pouco tempo atrás, a única coisa que eu sabia de Jogos Vorazes era que os personagens participavam de campeonatos em que eles tinham que lutar até a morte para garantir a sua sobrevivência. Saber disso já me desanimou, porque não gosto muito de filmes de ação. Há cerca de um mês atrás, porém, começou a despertar em mim um certo interesse pela história. Eu estava assistindo a um vídeo de uma das minhas youtubers favoritas e, de repente, ela começou a falar do filme e contou um pouco do enredo: é sobre um país composto por vários distritos em que as pessoas trabalham muito para sustentar a Capital e esta promove anualmente os Jogos Vorazes, que é uma forma de castigar as pessoas por uma revolta que aconteceu anos atrás, bem como reprimir novas revoltas. Para definir quem vai participar dos jogos, são sorteados uma garota e um garoto, entre doze e dezoito anos, de cada um dos distritos e os selecionados participam de uma batalha onde devem lutar até a morte, sendo que apenas um sobreviverá. No dia do sorteio, a irmã mais nova da protagonista Katniss é escolhida para participar dos jogos, mas ela se oferece para ir no lugar da irmã. O outro sorteado do distrito é o Peeta......

Com essas informações em mente e intrigada com o pouco que sabia da história, fui assistir a Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1. Algumas pessoas tentaram me convencer de que eu deveria assistir aos dois primeiros filmes antes, porque senão iria ficar sem entender nada, mas optei por confiar apenas nas explicações da minha querida youtuber........e deu certo! Claro que não foi possível entender todos os mínimos detalhes, mas, no geral, consegui entender super bem. E gostei muito. Fiquei feliz de não ter muitas cenas de ação, porque, como eu disse, não sou muito fã de filmes assim. Gostei muito da atmosfera de rebelião e revolução –  talvez porque vivo em um país onde o povo precisa aprender a lutar pelo que quer de uma maneira mais eficiente –  e achei bem inteligente o jogo de manipulação feito pelo Presidente Snow através de Peeta.

Senti uma certa curiosidade de assistir ao segundo filme, não só pelo fato de ter lido vários comentários em que as pessoas disseram ser o melhor dos três, mas também porque, no terceiro filme, os personagens fizeram referências a algumas cenas do anterior (principalmente no que diz respeito à parte final), o que me intrigou bastante. Não tenho muita vontade de assistir ao primeiro da série porque muitos falaram que foi mal dirigido e que é o pior dos três, mas há quem discorda e considera que o terceiro é o pior de todos.

Dentre as críticas negativas a Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1, muitos batem na tecla de que não havia necessidade de dividir em dois e que, por isso, a primeira parte ficou muito "parada" e sem graça, sendo que a verdadeira ação ficou para o último filme. Talvez não houvesse real necessidade de fazer essa divisão, mas acredito que, para quem não leu os livros –  e, no meu caso, sequer viu os primeiros filmes – , foi vantajoso ter uma parte a mais, porque assim a história pode ser contada mais detalhadamente, os personagens podem ser mais bem explorados e o filme não precisa ficar tão longo e cansativo. Lendo alguns comentários de pessoas que leram os livros, percebi que muitos defenderam essa divisão em partes, sob o argumento de que, assim, a história será melhor retratada.

Outra crítica também frequente é com relação à atuação da Jennifer Lawrence, que, para muitos, não foi tão boa quanto nos outros filmes. Dentre as cenas mais criticadas, destaca-se a do discurso verdadeiro (depois de assistir ao filme vocês vão entender o porquê de eu ter chamado assim) da Katniss. O propósito do discurso era servir de "propaganda" para motivar mais pessoas a aderirem à rebelião, mas, para muitos críticos, a atuação da atriz não foi muito comovente. De fato, não achei que foi brilhante a ponto de me emocionar, mas não foi ruim. Outro alvo de críticas foram as cenas em que a protagonista demonstrava todo o seu amor e preocupação com Peeta. Muitos alegam que esse amor dela por ele não "convence", mas eu não colocaria dessa maneira. 

É bastante perceptível que a preocupação dela é real e que a ligação dos dois é muito forte. Afinal, eles eram parceiros de sobrevivência durante os jogos e só uma pessoa muito fria seria capaz de viver uma experiência dessas com alguém e não sentir absolutamente nada por ela. Enfim, o que eu quero dizer é: a ligação dos dois existe e pode até ser que ela o ame de verdade, mas não necessariamente é um amor do tipo que se apaixona pela pessoa. É mais provável que seja apenas um amor fraternal (até porque, convenhamos né meninas, o Gale é muito mais gato que o Peeta rsrsrs). Lendo os comentários de quem leu os livros, percebi que muitos consideram que a atuação da Jennifer Lawrence não foi ruim, que o problema estava na própria personagem. A Katniss, de acordo com os referidos comentários, estava realmente muito perturbada nessa parte da história e o amor dela por Peeta não "convence" porque é assim que tem que ser: ela não sabe ao certo o que sente por ele.

Uma última observação que eu gostaria de fazer é com relação ao final do filme, que, segundo os críticos, deveria ter acabado cinco minutos antes, em uma cena absolutamente chocante, o que deixaria as pessoas desesperadas de ansiedade para assistir à continuação.......mas não foi o que aconteceu. Os cinco minutos posteriores explicaram o que aconteceu nessa tal cena, desperdiçando uma oportunidade única de finalizar o filme de uma maneira surpreendente e impactante. Quando assisti à cena, não pensei nisso, mas depois que li as críticas, concordei completamente com o que disseram.

Enfim, não amei o filme a ponto de estar louca de ansiedade para o lançamento do próximo, mas gostei muito da história e com certeza vou assistir à última parte. Como eu disse, para você que não leu os livros – ou que sequer viu os primeiros filmes   super compensa assistir à primeira parte. Talvez seja meio "parado" e sem graça para quem gosta de muita ação, mas acredito que compensa assistir mesmo assim. Já você que, como eu, curte uma dose mais leve de ação, um ambiente de revolta intrigante e um pouco de manipulação psicológica, certamente vai gostar muito de Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1.


Então é isso gente, espero que tenham gostado!

Bjs, Tati.    


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Interstellar: Entenda o filme (COM SPOILERS)

Imagem da autoria de Tati Figueiredo

Oi gente, o post de hoje é especial para você que assistiu ao filme Interstellar e quer resolver as suas dúvidas. Se você ainda não assistiu ao filme, recomendo ler o meu post Interstellar: Análise Crítica – SEM SPOILERS (é só clicar que vai abrir em outra guia). Não recomendo que leia este post aqui antes de assistir ao filme porque está cheio de spoilers (inclusive sobre o final) e provavelmente você não vai entender muitas coisas.
O texto foi quase que totalmente baseado no post do blog Screen Rant e um pouquinho (beeeeem pouco) no post do blog Pop Watch. Se você sabe ler em inglês, super recomendo esses dois blogs (principalmente o primeiro citado, que é mais completo). Quem não lê em inglês, pode até tentar traduzir os textos, mas a tradução pode não ficar boa. Então, vale a pena ler o meu post!

1. Entenda o começo do filme (relacionando com o final) e os planos A e B
No começo do filme, quando Cooper (Matthew McConaughey) encontra o esconderijo secreto da NASA, os cientistas explicam para ele que se trata de um projeto (secretamente financiado pelo governo americano) para encontrar um novo planeta para os seres humanos, já que a Terra está sendo devastada por pragas e a agricultura está cada vez mais insustentável.
O plano era ir para outra galáxia em busca de outro planeta habitável, o que causou estranheza em Cooper, uma vez que chegar a outra galáxia levaria anos e os seres humanos não podiam esperar tanto. O professor Brand (Michael Caine), porém, revela que uma civilização desconhecida, a que se referem como “They” (em português, significa “eles”), havia criado um “wormhole” (traduzindo, significa “buraco de minhoca”) perto de Saturno, que funciona como um atalhado para outra galáxia, permitindo chegar nesta de maneira bem mais rápida.
Os cientistas também revelam que, anos atrás, a NASA enviou treze astronautas para essa outra galáxia (através do “wormhole”) com a missão de encontrar um planeta habitável para os seres humanos. Cada astronauta foi enviado a um planeta diferente e, ao chegar em seu planeta, deveria ser instalado um sinalizador. A NASA não comunicava diretamente com os astronautas, mas conseguiu rastrear os sinalizadores por quase uma década. Atualmente, porém, apenas três permaneciam ativos.
A missão agora era a de descobrir o que aconteceu com os três astronautas e coletar o máximo de material possível para analisar qual planeta possui melhores condições para a vida humana. O professor Brand explica para Cooper que a NASA tinha dois planos para a sobrevivência da raça humana:
Plano A) Enquanto a Equipe Endurance (a equipe de cientistas viaja para o espaço em uma espaçonave chamada Endurance) estivesse fora, tentando cumprir sua missão, o professor Brand iria continuar trabalhando em um equação complexa. Uma equação que, se resolvida, iria permitir que os seres humanos adquirissem um conhecimento avançado sobre a física dimensional e sobre a gravidade e, assim, a NASA seria capaz de lançar uma enorme estação espacial (“carregando” os seres humanos sobreviventes) no espaço. A própria instalação secreta encontrada por Cooper e Murph no começo do filme não é apenas uma estação de pesquisa da NASA. É um verdadeiro ponto estratégico para a construção da estação espacial.
Plano B) Caso o professor Brand não conseguisse resolver a equação e/ou a Equipe Endurance levasse muito tempo tentando completar a sua missão, a NASA já havia preparado um banco de embriões humanos fertilizados que seriam usados para garantir a sobrevivência da humanidade, caso o Plano A não desse certo. Sendo assim, as gerações futuras não seriam limitadas à reprodução entre os membros da Equipe Endurance. Nesse cenário, a equipe iria se instalar no planeta mais habitável possível e criaria a primeira geração de embriões. E, assim, cada geração posterior iria ajudar a criar um novo conjunto de embriões (além de se reproduzirem naturalmente).
Em um momento posterior do filme, descobrimos que o professor Brand nunca acreditou que o Plano A fosse possível. A verdade é que ele já tinha resolvido a equação há anos antes, mas o resultado não seria capaz de salvar os seres humanos que estavam na Terra. Ele apenas fingiu acreditar que o Plano A fosse possível para conseguir fazer com que líderes mundiais se reunissem e trabalhassem juntos com o objetivo de criar a infraestrutura necessária para que o Plano B desse certo. Brand sabia que as pessoas não iriam cooperar para salvar a humanidade se não incluísse salvar a si mesmas e a seus familiares. 
Depois de descobrir que o Plano A era uma farsa e depois das visitas desastrosas a dois dos planetas, Cooper e Amelia Brand (Anne Hathaway) se comprometem em fazer o Plano B dar certo e planejam a ida ao terceiro (e último) planeta, onde o astronauta Wolf Edmonds (com quem Amelia já teve um relacionamento amoroso) ainda enviava sinais positivos. Para chegar ao planeta, eles se aproveitam de um buraco negro próximo (apelidado de Gargantua) para arremessar o Endurance em direção ao planeta de Edmonds, o que economiza tempo e combustível. Quando chegam perto de Gargantua, Cooper lança TARS (o robô ajudante da equipe) para o centro do buraco negro, na última esperança de que o robô fosse capaz de captar dados que poderiam ajudar a NASA a encontrar uma solução diferente (da encontrada por Brand) para a equação.
Depois de lançar o robô em direção a Gargantua, Cooper sacrifica a si mesmo para diminuir o peso no Endurance e, assim, fazer com que Amelia tivesse maiores chances de chegar ao planeta de Edmonds e iniciar o Plano B. Ao se desligar do Endurance, Cooper se lança no espaço, acreditando ser o seu fim, mas, nesse instante, é “puxado” para dento do The Tesseract – que é uma singularidade gravitacional do “wormhole” onde as leis do espaço e do tempo não têm limites – criado pela civilização desconhecia a que se referem como “They”.

2. Mas, afinal, quem são esses seres (chamados de “They”) que estavam ajudando tanto a humanidade?
Cooper e os outros cientistas da NASA acreditavam que se tratava de uma raça extraterrestre (ou supernatural) evoluída que havia descoberto como manipular dimensões e, por alguma razão, decidiu ajudar a humanidade a escapar da Terra. O professor Brand acreditava que esses seres mandavam mensagens em binário e criaram o “wormhole” para salvar a raça humana da extinção.
Porém, como é revelado no filme, esses seres eram, na verdade, duas entidades separadas (mas relacionadas):
- Seres humanos do futuro que haviam aprendido a manipular o tempo e o espaço;
- Cooper tentando se comunicar com a sua filha de dentro do Tesseract, que, por sua vez, foi construído para ele pelos seres humanos do futuro.
Sendo assim, boa parte dos fenômenos que a NASA acreditava ter sido obra dos seres desconhecidos era, na verdade, atos praticados por Cooper no futuro. Quando ele sacrifica a si próprio, se lançando no espaço, acaba sendo “puxado”, como já dito antes, para dentro do Tesseract.
Sabendo de seu próprio passado – especialmente sobre os acontecimentos que levaram a sua salvação (e fuga da Terra) – os seres humanos criaram o Tesseract em algum momento em um futuro distante, usando seus conhecimentos avançados sobre a física dimensional, manipulando o espaço-tempo para colocar o Tesseract no passado.
Uma vez que Cooper e Murph são lembrados como sendo os salvadores da humanidade, os seres humanos evoluídos – que conseguem observar passado, presente e futuro – criam o Tesseract para Cooper, de forma que ele pudesse se comunicar com a sua filha no passado e transmitir os dados que TARS (o robô) havia coletado de dentro do buraco negro.

3. Entenda a questão do espaço-tempo e da relatividade
A questão do espaço-tempo e da relatividade foi bem exemplificada no primeiro planeta visitado pela Equipe Endurance. No geral, o tempo no nosso lado do “wormhole” passa mais rápido que o tempo no outro lado. E, devido a anomalias gravitacionais provocadas por um buraco negro (Gargantua) próximo, o tempo passa ainda mais devagar (quanto mais perto do buraco negro, mais devagar o tempo passa). Por estar próximo a Gargantua, o tempo no planeta da astronauta Miller passa bem devagar: para cada hora passada no planeta, sete anos se passam na Terra. Sabendo disso, Cooper planeja que a visita ao planeta seja o mais rápido possível, mas, por uma série de acontecimentos, a visita demora mais que o previsto, o que custa décadas de anos na Terra.
Mas por que a Equipe Endurance visitou o planeta de Miller para começo de conversa? É que, por anos, a NASA recebeu sinais positivos vindos de Miller. Porém, como descobrimos depois, o que se acreditava ser anos de sinais positivos, na verdade foram apenas minutos para Miller (que foi morta por uma onda momentos depois de aterrissar). Tudo isso devido ao efeito provocado pela proximidade do buraco negro, que fez com que o tempo no planeta da astronauta passasse bem mais devagar que o tempo na Terra.
Depois de conseguir sair do planeta de Miller e voltar para o Endurance, a equipe reencontra Romilly, que havia ficado na nave para colher dados e fazer pesquisas. Como a espaçonave estava mais distante de Gargantua, o tempo que a equipe permaneceu no planeta de Miller correspondeu a vinte e três anos para Romilly (que esperou sozinho na espaçonave). Na Terra, o tempo também passou mais rápido e, ao receber vídeo-mensagens dos familiares, isso é claramente perceptível: os filhos de Cooper, Tom e Murph, agora são adultos.
Na medida em que a equipe se distancia do buraco negro, a desproporção do espaço-tempo diminui e, ao chegar ao planeta do astronauta Mann, a urgência é bem menor (apesar de terem que enfrentar outro problema: o astronauta, perturbado pela solidão, ficou enviando falsos sinais positivos sobre o planeta para que fossem resgatá-lo).
Outro efeito expressivo da gravidade no espaço-tempo é o que acontece no Tesseract. Dentro desta, a gravidade trespassa para outras dimensões no espaço e no tempo, permitindo que Cooper, empurrando livros da estante de Murph, mandasse uma mensagem (“STAY”, que significa “fique”). Também permite que Cooper comunique, espalhando poeira pelo chão (em binário), as coordenadas da estação espacial da NASA para a versão passada de si mesmo. E, mais importante, permite que Cooper manipule os ponteiros do relógio de Murph, passando, assim, os dados (que TARS havia adquirido dentro do buraco negro) em código morse. Depois, traduzindo os dados codificados, Murph consegue a informação necessária para fazer com que o Plano A desse certo.

4. Como o tempo passa para Cooper dentro do Tesseract e como ele pretende reencontrar Amelia?
Para encontrar a resposta, é só usar a mesma teoria presente ao longo do filme. Tendo em vista que o tempo passa mais devagar perto do buraco negro (devido à distorção gravitacional por ele provocada), Cooper leva apenas segundos para sair do Tesseract (na perspectiva dele), mas leva décadas para a humanidade. Para entender melhor, é só pensar no seguinte: se a relação do tempo no planeta de Miller era de uma hora para cada sete anos na Terra, a proporção seria drasticamente distorcida dentro do Tesseract. Sendo assim, enquanto que, para os seres humanos, levaram-se décadas para que TARS e Cooper fossem encontrados flutuando no espaço, para eles, estavam de fora por meros segundos até serem resgatados.
E uma coisa importante que deve ficar claro é que, quando Cooper sai do Tesseract, ele é enviado de volta para o outro lado do “wormhole”. Nós sabemos disso porque, na passagem, ele se encontra com a versão passada dele mesmo (quando o Endurance estava passando pelo “wormhole”) e dá um aperto de mão em Amelia.
Sendo assim, a desproporção no espaço-tempo e o fato de voltar ao sistema solar permite que Cooper se encontre com Murph. Esta, vivendo no lado do “wormhole” onde o tempo passa mais rápido, está agora com mais de cem anos de idade.
Sabendo que Cooper não tem motivo para permanecer na estação espacial (uma vez que o seu filho Tom está presumidamente morto e Murph em breve se juntará a ele), Murph lembra seu pai que, do outro lado do “wormhole”, Amelia está apenas preparando para iniciar o Plano B no planeta de Edmonds. Na cena de Amelia no planeta, entende-se que, apesar do planeta ser habitável, o astronauta Edmonds não sobreviveu (por algum motivo desconhecido). Sendo assim, Amelia estava sozinha no local da colonização.
Cooper, então, entra em uma nave sabendo que, mesmo tendo passado décadas para os seres humanos na Terra (ou melhor, na estação espacial), o tempo do outro lado do “wormhole” está passando muito mais devagar. Sendo assim, é totalmente possível encontrar Amelia no planeta de Edmonds pouco tempo depois de Cooper ter sacrificado a si próprio e se lançado no espaço. Nós não sabemos se Cooper irá de fato encontrá-la, mas há fortes razões para ser otimista de que os dois vão se encontrar e, juntos, irão preparar a colonização do novo lar da humanidade.

Então é isso gente, espero que tenham gostado! Não perca o meu post sobre o paradoxo do filme: Paradoxo do Tempo em Interstellar - Possíveis Teorias

Bjs, Tati.


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ensino Médio: Uma História de Terror



Oi gente! O vídeo de hoje vai ser uma análise crítica sobre o Ensino Médio no Brasil. Vou fazer algumas críticas sobre o que eu acho que deveria mudar e também vou contar um pouco da minha experiência e dar algumas dicas para você que está indecisa sobre qual curso fazer ou para você que quer ajudar alguém que está nessa situação! 




Espero que gostem e que alguma coisa seja útil para vocês!

Bjs, Tati.


domingo, 9 de novembro de 2014

Interstellar : Análise Crítica ( SEM SPOILERS)

Imagem da autoria de Tati Figueiredo


Oi gente! Hoje vou fazer uma breve análise crítica sobre o filme Interestelar (título original: "Interstellar"), que eu assisti ontem. A história se passa em uma época (presume-se que seja no futuro) em que a Terra está muito deteriorada, os alimentos estão cada vez mais escassos e a humanidade está cada vez mais perto da extinção. Nesse cenário, Cooper (Matthew McConaughey), por uma série de acontecimentos, acaba encontrando um esconderijo secreto da NASA. Lá, o protagonista conhece cientistas que explicam para ele sobre o plano de ir para o espaço e tentar encontrar um planeta que seja habitável. Sendo Cooper um engenheiro e ex-piloto, os cientistas pedem para que ele participe dessa missão. E, apesar da tristeza de ter que abandonar seu casal de filhos, Cooper concorda em viajar para o espaço com o grupo de cientistas.

No geral, gostei bastante do filme, mas confesso que algumas partes foram mal explicadas (principalmente a parte final), o que deixou alguns aspectos do filme um pouco confusos, pelo menos para mim. Quando cheguei em casa do cinema, a primeira coisa que fiz foi procurar na internet algum site que me ajudasse a esclarecer minhas dúvidas. Não consegui encontrar muita coisa nos sites brasileiros. Apenas encontrei algumas críticas e resenhas bem superficiais sobre o filme, mas até que foi proveitosa a leitura e gostaria de comentar um pouco sobre o que li.

Quanto às críticas favoráveis, a maioria dos críticos disseram que as cenas foram muito bem feitas, os efeitos especiais foram espetaculares e a trilha sonora, de extrema qualidade. Concordo com tudo isso. E digo mais: algumas cenas foram tão incríveis que, por um instante, achei que estivesse assistindo em 3D.

Com relação às críticas desfavoráveis, houve maiores divergências entre a minha opinião e a dos críticos. De acordo com alguns, o filme teve muito diálogo, com explicações excessivas e pouca ação e, por isso, ficou meio cansativo. Não concordo nem um pouco. Não achei o filme nem um pouco cansativo e, apesar de ser longo, fiquei tão intrigada com a história que nem vi a hora passando. E achei que o filme teve uma dose certa de ação, mas, de fato, não foi o ponto central do filme (para a minha alegria, já que eu detesto filme que tem pouca história e muita ação). Então, acredito que isso vai do gosto de cada um. E, de forma alguma, achei que houve explicações excessivas. Pelo contrário, algumas partes deveriam ter sido melhor explicadas, principalmente a parte final, como foi dito anteriormente.

Outros críticos falaram mais da questão emocional dos personagens, que, no geral, não ficou muito boa. Nesse ponto, tenho que concordar. Tirando algumas exceções (a atuação de Matthew McConaughey foi absolutamente sensacional nesse aspecto, principalmente no que diz respeito à relação do seu personagem com a filha Murph), os personagens, em geral, não expressaram muito bem suas emoções. Acredito que o problema maior foi que os personagens mais secundários foram deixados "para escanteio", não interagindo muito bem com os principais e nem com a história. Quando você assistir ao filme vai entender melhor o que quero dizer.

Depois de ler quase todas as críticas e resenhas que encontrei na primeira página de pesquisa do Google, percebi que não ia encontrar as respostas que queria em sites brasileiros. Então, busquei em sites estrangeiros. Li dois muito bons. Os dois explicavam sobre as partes que fiquei em dúvida, mas a explicação do segundo site que li foi muito mais aprofundada que a do primeiro. Vou deixar o link para o site (que gostei mais) ao final. Já adianto que está todo em inglês (você pode até traduzir, mas corre o risco da tradução não ser muito boa) e que está cheio de spoilers, inclusive sobre o final. Então, recomendo ler depois de assistir ao filme.

Enfim, é um filme muito bom. Gostei bastante e recomendo. Talvez você fique sem entender algumas coisas (como eu), mas é só ler a explicação do site indicado (link logo abaixo!) que tenho quase certeza que você vai conseguir resolver todas as suas dúvidas e ficar ainda mais encantado com o filme!

Aqui vai o link do site:  http://screenrant.com/interstellar-ending-spoilers-time-travel/ 

Meu post sobre o final do filme: Interstellar - entenda o filme (COM SPOILERS)

Meu post discutindo o paradoxo do filme: Paradoxo do Tempo em Interstellar - Possíveis Teorias


Bjs, Tati.


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