quarta-feira, 29 de julho de 2015

Sociedade dos Poetas Mortos: Análise Crítica (SEM SPOILERS)




Há alguns dias atrás eu estava entediada em casa, passando os canais na TV sem achar nada que me interessasse, até que dei uma passada no Tele Cine Cult e me deparei com o clássico Sociedade dos Poetas Mortos (para quem prefere o título original, Dead Poets Society). É um filme relativamente antigo (é de 1989) e eu já tinha inclusive assistido a uma parte dele há muitos anos atrás, só que nem lembrava direito da história (mas lembrava que tinha achado interessante rsrs). Então, resolvi assistir.

A história retrata o cotidiano dos alunos da Academia Welton, uma escola preparatória para jovens extremamente conservadora e tradicional. Contudo, o professor de poesia John Keating (interpretado por Robin Williams), se mostra ser bastante diferente dos demais docentes da instituição. Ensinando uma filosofia baseada na ideia do Carpe diem ("aproveite o dia", ou seja, aproveite a vida porque ela é muito curta para se desperdiçar), alguns alunos começam a adotar tal ensinamento em suas vidas e criam a "Sociedade dos Poetas Mortos", inspirada na sociedade que o prof. Keating participava em seus tempos de colégio. Os estudantes, então, passam a fugir da escola à noite e a se encontrar secretamente em uma caverna dentro da floresta que havia ali perto, onde se divertem contando histórias e poesias, rindo à toa e falando o que desse na telha, sem se sentirem reprimidos por nada nem ninguém.

Os ensinamentos de Keating, entretanto, não se restringem apenas a incentivar os alunos a se divertirem mais. Serve também para motivá-los a perseguirem seus objetivos, sem se importar com a opinião alheia. E, assim, os estudantes criam coragem para lutar por suas metas individuais: Neil decide seguir seu sonho de ser ator, apesar de ir contra a vontade de seu pai; Todd começa a ganhar mais autoconfiança; Knox vai atrás da garota por quem é apaixonado, mesmo sabendo das dificuldades que teria que enfrentar......   

Só que nem tudo são flores: quando os meninos começam a abusar da liberdade e a se meterem em confusão, o prof. Keating dá um "puxão de orelha" e adverte que ser livre implica em ter responsabilidade e conhecer seus limites, afinal, um verdadeiro sábio tem consciência de quando é hora para se divertir e de quando é hora de se conter. Também ensina que devemos ter coragem para enfrentar as coisas (ou pessoas) que tememos e ser pacientes em aguardar o momento mais oportuno para seguir nossos sonhos. Infelizmente, nem todos os alunos dão ouvidos aos conselhos do professor e acabam tendo que arcar com sérias consequências posteriormente.......

Enfim, o filme contém uma reflexão extremamente pertinente e de importante aplicação prática na vida de cada um de nós: você já deixou de fazer alguma coisa que quisesse muito por medo do que os outros iriam pensar? 


Se SIM: é com muita frequência que você faz isso? Será que você não está deixando a sua vida passar diante dos seus olhos e perdendo incríveis oportunidades de ser feliz?
 

Se NÃO: você costuma ter bom senso na hora de tomar suas decisões? Conhece seus limites e pensa bem nas consequências de suas atitudes?


Reflita bastante sobre essas perguntas e veja se talvez não seria uma boa ideia começar a adotar um pouco da filosofia do prof. Keating: tenha coragem para aproveitar mais a vida e fazer o que te deixa feliz, mas, claro, tendo consciência dos seus limites e sempre usando o bom senso para poder tomar suas decisões de maneira sábia.

E quanto ao filme em si, não preciso nem dizer que amei e que super recomendo a assistir, né?! Então, se você ainda não viu (ou já viu há muito tempo e nem lembra direito como é, que foi o meu caso rsrs), não perca tempo e trate já de assistir a essa verdadeira obra-prima!




Então é isso gente, espero que tenham gostado e fique à vontade para comentar o que quiser, mas avise se for dar spoilers, ok?! E não se esqueça de seguir o blog e de deixar o link do seu para eu poder visitar e comentar.



Bjinhos carpe dianos, Tati.


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